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Em viagem sozinhas: uma entrevista com Michelle Rita

Coloca um pouco de estilo em tudo o que fazes e, claro, também nos destinos das tuas viagens. Cheira, bebe, come, vê, fala e toca. Deixa-te perder quando andas a descobrir lojas, boutiques alternativas e mercados locais. Investe tanto quanto puderes em ti mesmo e nas tuas viagens por esse mundo. Vê os conselhos da nossa influencer lifestyle Michelle Rita.

1. O que viajar representa para ti?

Viajar é partilha de cultura. É fazer uma pausa no quotidiano. É cheirar, beber, comer, ver, falar outras tradições. Viajar é o dinheiro mais bem gasto que podemos desembolsar connosco.

2. Quando e qual foi o destino para onde viajaste sozinha pela primeira vez?

A primeira vez que viajei sozinha foi em Janeiro de 2016 e embarquei numa aventura de quinze dias pela Europa. Comecei em Paris, segui para Roma, Bucareste e Barcelona.

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3. Como viajar sozinha te enriquece e por que o fazes?

Durante vários anos não fiz coisas simples, como ir ao cinema, almoçar fora, tomar café, por estar sozinha. Não gostava de fazer coisas em público sozinha, porque receava o que os outros podiam dizer ou pensar. Até ao dia em que ganhei coragem e fiz uma reserva para uma, fui ao cinema sozinha e comprei uma viagem. Aprendi que estar sozinha indica que estamos bem connosco e que estamos dispostos a conhecer outras pessoas e culturas. Desde então que o faço, sempre que não tenho companhia para viajar vou sozinha. Não deixo de ir. Cresço em todas as viagens, aprendo a lidar com situações inesperadas e stressantes e consigo relaxar. Uma vez que sou eu responsável pelo meu tempo e horários.

4. Na tua opinião, quais são os maiores desafios de viajar sozinha e como lidas com eles?

A segurança, é sem dúvida o maior desafio quando viajo sozinha. Procuro estar sempre contatável e com acesso à Internet. Não saio à noite sozinha, ou com desconhecidos, não deambulo com o meu passaporte ou dinheiro desnecessário no bolso. Tenho o cuidado de esconder bens pessoais valiosos e de estar o mais prática e vigilante possível.

5. Quais são os teus conselhos para organizar uma viagem a solo?

Um boa organização é a chave para uma viagem a solo tranquila e sem surpresas desagradáveis. Marcar as viagens e alojamentos com antecedência, estudar meios de transporte, esboçar um mapa do que queremos visitar e quando.

Trazer dinheiro connosco, avisar o banco que vamos estar fora do país, ativar o serviço de roaming e dados móveis para o estrangeiro. Embalar as roupas mínimas e necessárias, medicamentos de urgência, calçado confortável, um livro e ir à aventura. Está tudo a postos!

6. Qual é o destino perfeito para uma lifestyle traveler e por quê?

O destino varia com o gosto pessoal de cada mulher. No meu caso, não sou fã da neve e do frio e por isso escolho sempre destinos quentes. Nesta linha de pensamento, e tendo que escolher apenas um destino, nomeio Costa Rica como o destino perfeito. Em três semanas é possível conhecer os sítios mais incríveis do país, ver os mais diversos animais e paisagens, comer localmente e surfar. Foi na Costa Rica que assisti aos mais bonitos pores-do-sol da minha vida, nadei à noite e todos os dias conheci um cão diferente. Subi a vulcões, nadei em rios, vi cascatas de água turquesa e dormi no meio da selva. Costa Rica, pura vida! É sem dúvida um dos destinos perfeitos para uma lifestyle traveler.

7. Diz-nos algo que aconteceu numa das tuas viagens que impactou a maneira como viajas.

Estava em Bali, Indonésia, sozinha à beira da piscina quando ouço um trio a falar português. Rapidamente sorri e arranjei forma de me aproximar deles. Na conversa descontraída descobrimos que uma das mulheres do trio era não só da mesma cidade que eu, como eu tinha estudado com a irmã dela na mesma escola. Esta casualidade do destino, no outro lado do mundo, no mesmo resort, à mesma hora na piscina. A partir desse momento passei a não ter vergonha de conversar abertamente com outros portugueses, ou estranhos que encontre. As histórias são sempre interessantes de ser ouvir e partilhar.

8. Como é percebido em Portugal o facto de uma mulher viajar sozinha?

Felizmente, com o crescimento das redes sociais que incentivam a viajar, a mentalidade pequenina e negativa associada a uma mulher que viaja sozinha está a mudar. Era habitual as perguntas confusas e espantadas aquando uma mulher decidia viajar sozinha, no entanto quando pouca clareza há é também habitual as dúvidas e julgamentos infundados. Hoje em dia, estamos mais educados e abertos a estas formas de encarar e viver a vida. Uma mulher, ou homem, viaja sozinho não porque quer quebrar regras mas porque viajar traz riqueza psicológica. Falando por mim, viajar sozinha é terapêutico, é crescimento, é maturidade, é querer conhecer a vastidão do mundo.

9. Como lifestyle traveler, quais são as tuas atividades favoritas quando viajas sozinha?

Perder-me pelas ruas, ir onde os turistas não vão, comer o que é típico, observar os locais e conhecer mercados tradicionais. Nadar onde os locais se banham, falar com estranhos e assistir a todos os pores-do-sol que consiga.

10. Para que tipo(s)/estilo(s) de mulheres a viagem a solo é perfeita?

Viajar sozinha implica um enorme à vontade em estarmos apenas connosco. Por este motivo, a viagem perfeita a solo implica uma boa dose de amor-próprio, coragem, descontração, mente e espírito aberto. Toda a mulher que consiga lidar com adversidades, imprevistos e que não tenha vergonha em conhecer e socializar, está pronta para uma viagem a solo.

11. Numa frase, o que dirias para inspirar outra mulher a viajar sozinha?

Se a única objeção em viajares é não teres companhia, vai. Honestamente, quantos pares de pernas e olhos precisas para viajar?

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